BARRADO NO CAIS DE PORTO ALEGRE JUNTO AO MURO DA MAUÁ
Com a finalidade de visitar o cais em Porto Alegre, me dirigi ao centro da cidade em direção ao portão na Avenida Mauá. Alem de visitar o local minha curiosidade era a de visualizar o rio, fato bastante questionado por aqueles que querem derrubar o muro de proteção contra as inundações, que ali podem ocorrer, bem como tentar ver o que seria a “humanização do cais”, cujo projeto é defendido pelos atuais ocupantes do Governo Estadual e da Prefeitura Municipal.
Para minha surpresa fui barrado na entrada por guardas que protegem o local, que não permitem a entrada de ninguém sem autorização, constatei que a humanização ainda não havia chegado ali. Neste momento pensei que o projeto de “Humanização do Cais”, que o Governo do Estado defende como uma obra para o povo, não seria bem para o povo, mas sim para uma elite da qual o povo não pertence.
O projeto defendido pelo Governo prevê a licitação para liberar a área para a iniciativa privada, para que nela construa hotéis, Shopping Centers e Choparias entre outros tipos de obras. Tais obras seriam para o povo? Que povo teria condições de acessar a tais obras? Tais obras, de alturas várias, não tirariam a vista do Guaíba? Para acessar a tais obras e mesmo ao cais, teria o povo que pagar entrada?
Ora, para humanizar o cais não são necessárias obras nem estudos caríssimos como os que o Estado esta executando, para os quais, foi necessário nomear um Coordenador para coordenar as equipes que estudam a entrega da área á iniciativa privada, bastaria mandar, ou melhor, ordenar que o povo não fosse barrado para ir visitar o cais do porto de nosso Porto Alegre, pois desta forma já estaria assegurada à participação do povo na área. Que os armazéns fossem liberados para o povo ali implantar negócios tais quais o do mercado público, com estacionamento rotativo para facilitar quem vai ás compras.
Por ser barrado no portão do caís abri os olhos para o que realmente querem fazer no nosso cais, utilizando o título pomposo de ”Humanização do Cais” para “o povo”. É hora das entidades ambientais, do povo e daqueles que gostam do cais e querem ali passear, começarmos um movimento contra esta barbaridade que se pretende cometer em nosso nome, ou melhor, em nome do povo.
Engenheiro Henrique Wittler
Henrique@wittler.com.br
NOTA: Este artigo não foi publicado por Zero, pois fere interesses e não interessa aquela organização tal divulgação. Após minha participação no programa polêmica a ZH publicou que eu haveria dito inverdades referentes á cheia de 1983, no entanto não aceitou publicar um desmentido. Zero Hora, na oportunidade publicou que a cheia de 1983 não gerou prejuízos como eu havia afirmado, pois, conforme seus registros ficou retida no cais, porem, havia eu, me referido á área do aeroporto e Humaitá que sem os diques, naquela cheia teriam um prejuízo maior que 10% do total investido em todas as obras de controle de cheia em Porto Alegre
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Tuesday, August 22, 2006
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